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Camisas Negras entraram para a história |
No dia 17 de julho de 1922, o Vasco conquistava o seu primeiro título no futebol: a Série B do Campeonato Carioca. Ali começou a história e a luta em prol dos negros e operários. Com uma sonora goleada na última partida e tendo vencido todos os módulos da competição, o Vasco conseguiu o acesso a primeira divisão, mas não seria tão simples assim.
O título da "Segundona" só, não bastava para que a equipe disputasse o torneio do ano seguinte entre os "clubes de elite", formados por jovens de classe média alta - brancos. O time da Colina ainda teve que enfrentar o São Cristóvão, último da Série A, para confirmar a sua subida. A partida terminou empatada e os dois ganharam a oportunidade de jogar o campeonato principal no ano seguinte. Após muita luta dentro de campo, outros empecilhos foram postos à nossa frente, porém, superadas numa das lutas mais bonitas da história do esporte mundial. O clube quase foi impedido de entrar em campo com os negros e pobres que formavam a equipe, mas se indignou - uma das poucas liberdades que ainda nos resta, a de se indignar - e em um documento entregue a AMEA em 24 - documento este que ficou conhecido como a Resposta Histórica - se mostrou contrário a represália aos seus atletas e comunicou que preferia não jogar a expulsar os 12 negros, mulatos, nordestinos e pobres de seu elenco. Após muita luta, manteve o clube na competição e seus jogadores em campo, imortalizando na história do clube, e do esporte em geral, o orgulho de ser um "Camisa Negra".
VASCO 8X3 CARIOCA
Data: 17/07/1922
Campeonato Carioca - 2ª Divisão
Estádio: Rua Morais e Silva
Gols: Claudionor (4), Cardoso Pires (2), Torterolli e Paschoal
Vasco - Nélson, Mingote e Leitão; Nolasco, Bráulio e Artur; Paschoal, Cardoso Pires, Torterolli, Claudionor e Negrito.Técnico: Ramon Platero
Eu conheci o Paschoal, ele cortava o cabelo do meu tio avô e era legal pra caramba. Ele disse que um dia tinha um tal de mané que todo mundo tinha medo de marcar. Ele encarou o desafio e nesse dia o das pernas tortas não parafusou ninguém. Salve Paschoal, Salve Vascão
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