O ex-jogador Genílson, que jogou no Vasco em 95, concedeu com exclusividade ao site 'SãoJanuário.Net' uma entrevista falando sobre a sua passagem por São Januário e a difícil missão de largar os gramados e se tornar dirigente - é o atual presidente do Novorizontino, onde foi revelado.
SJ - Assim como Roberto Dinamite, você foi jogador e hoje é presidente do clube que o revelou. Como foi essa transição e como você vê que esta experiência nos gramados pode lhe ajudar como dirigente?
G - Toda mudança nunca é fácil e requer um período de adaptação, mas o que facilitou muito foi poder estar no meio de uma atividade que sempre pratiquei com prazer. A experiência vivida na prática contribui bastante no relacionamento com os atletas, até por já ter vivido o outro lado. Mas estou aprendendo muito no que diz respeito à gestão esportiva em sua totalidade (administrativo, financeiro e organizacional).
SJ - Em 95 você teve uma rápida passagem pelo Vasco. Guarda boas recordações de São Januário? Como você avalia aquele período com a camisa cruz maltina?
G - O Vasco é uma grande equipe e todo atleta que teve a oportunidade de passar por esse clube deve se sentir orgulhoso. Infelizmente minha passagem foi rápida, mas tive o prazer de estar em um grupo de atletas excepcionais. Joguei algumas partidas na Copa Rio e também na última partida do Brasileiro 1995 (Vasco x Corinthians). Gostaria sem dúvida de ter continuado porque foi um clube muito acolhedor e que tem uma torcida maravilhosa.
SJ - Você teve a oportunidade de acompanhar a chegada de Juninho Pernambucano ao Vasco ainda muito jovem e atuar ao lado dele. Ele já demonstrava pode ser este jogador conhecido mundialmente?
G - Sem dúvida alguma! Além da qualidade técnica diferenciada, era uma pessoa que todos gostavam pelo seu carisma e simplicidade. Com toda certeza tudo o que ele conquistou foi mais que merecido. Acredito que assim como eu, todos que o conheceram ficaram felizes com seu sucesso profissional.
SJ - Você não teve muitas oportunidades na equipe principal com o técnico Zanata, mas era titular do Expressinho com Alcir Portela. Você acha que poderia ter sido melhor utilizado naquela época?
G - Todo atleta sempre acha que poderia ter sido melhor aproveitado ou por vezes que foi injustiçado. Mas eu tive pouca oportunidade na equipe principal pelo próprio elenco que era de alto nível e só em fazer parte daquele grupo já foi motivo de satisfação. Espero poder um dia estar no Vasco novamente, mesmo que agora como dirigente, para poder rever os amigos nesse grande clube.
SJ - Quando chegou ao Vasco, você veio junto com o atacante Alessandro Cambalhota. Hoje você é presidente do Novorizontino e ele jogador ainda do time. Como é esse relacionamento de vocês?
G - Ser presidente no clube onde meu ex-companheiro de clube, e amigo, joga atualmente é gratificante pelo comprometimento que se cria de ambas as partes. Por um lado ele me ajuda no comando dos atletas mais jovens, liderando a equipe. E eu, pela parte do clube, lhe dou a tranquilidade e o apoio para ser uma referência nesse retorno do Novorizontino, além de proporcionar a alegria de encerrar a carreira onde iniciou. Mas sem dúvida é um atleta excelente e serve de referência a qualquer jovem atleta, como pessoa e profissional.
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