sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Falta um bad boy!

Alguém sabe me explicar o que está acontecendo com os jogadores brasileiros?
Por algum motivo o Brasil não fabrica mais Djalminhas, Edmundos, Romários e similares. Hoje o mais próximo desse estilo chama-se Adriano, mas, infelizmente, é um bad boy bem diferente dos de antigamente.
Hoje tudo que um jogador faz que esteja um pouco fora do "politicamente correto" é motivo para críticas e até mesmo punições.
Tirou a camisa e foi para a torcida: prejudicou o patrocinador. Fez um gol e comemorou como se estivesse atirando: tá incitando a violência. Tomou um choppinho depois do jogo: mau exemplo para os jovens. Por acaso alguém aí saiu atrás de travesti quando surgiu aquela história do Ronaldo?! Nem eu. Então eu acho que essa tal "super-influência" dos jogadores não é tanta como a mídia gosta de usar para corroborar o seu falso moralismo. Carolina Dieckmann é coitadinha, Fred é cachaceiro. Diz a imprensa. Afinal, o atacante não trabalha na Globo...
E tudo isso vai contribuindo para uma geração com medo de ser espontânea, controlada pelo que diz a imprensa, preocupada com o que dizem os outros e a cartilha dos bons costumes. Pegue uma foto da Seleção Brasileira da década de 80 e uma de agora. Uma com jogadores com cara de homem, descabelados, barbudos e de chuteiras pretas. Na outra, gel no cabelo, concurso de penteado "fashion", creminho anti-rugas e chuteira multi-color. Perdemos o foco no esporte e o colocamos na moda, no que o mercado quer, o que a garotada compra... Paramos de fazer jogadores e criamos produtos de mídia, sem vida própria e sem opinião.

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