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Laudrup, Hagi e Stoichkov |
Os romenos foram os primeiros a inciar a reformulação que vingaria nos anos 90. Na Copa disputada na Itália, foram os únicos do trio a conseguir a classificação, já sob a batuta do 'Maradona da Romênia', como chegou a ser chamado o ídolo Gheorghe Hagi. Passaram da primeira fase da competição na segunda colocação, com a surpreendente seleção de Camarões comanda por Roger Milla em primeiro e os argentinos - que derrubariam o Brasil - ficando apenas com um dos melhores terceiros. Cairiam para a Irlanda, nos pênaltis, nas oitavas de final, mas já deixavam o seu cartão de visitas.
Em 94, a Bulgária voltaria a disputar o mundial após oito anos longe. E em grande estilo. Hristo Stoichkov, parceiro de Romário no Barcelona, levaria os búlgaros até o inédito 4º lugar nos Estados Unidos. Posição nunca mais igualada pela seleção. Assim como os romenos quatro anos antes, também caíram no grupo da uma sensação africana, a Nigéria, e da Argentina de Maradona. Também terminaram a 1ª fase em segundo, com os nigerianos na liderança e novamente os hermanos avançando em terceiro. Mas Lechkov, Balakov e companhia não parariam por aí. Nos pênaltis, venceram o México de Garcia Aspe.
Mas foi nas quartas de final o grande momento dos búlgaros. Vitória por 2x1 sobre a atual campeã Alemanha em mais um show de Stoichkov, um dos artilheiros daquela edição. O ímpeto da Bulgária seria freado pela poderosa Itália de Baggio,mas a história já estava feita.
E os romenos não deixaram por menos no ano do tetra brasileiro. Surpreenderam a Colômbia e avançaram como primeiros do grupo. Recheado de grandes jogadores, como Raducioiu, Dumitrescu, Popescu, Munteanu e o goleiro Prunea, além do meia Hagi, também obtiveram a sua melhor posição em uma Copa. Também tiveram o seu dia histórico ao baterem uma campeã mundial: 3x2 sobre a Argentina de Maradona e Batistuta. Só foram cair nas quartas, para a forte Suécia - que encarou o Brasil duas vezes naquela edição - de Brolin e Larsson.
Com muita moral, mas com seus craques já em fim de carreira, Bulgária e Romênia enfim ganharam a companhia de Dinamarca em 98. Foi a primeira e única que vez em que o trio disputou a competição juntas. Também já veterano, Michael Laudrup disputaria a sua última Copa e desta vez com a companhia de seu irmão, Bryan. O grande herói e comandante daquela Dinamáquina da década de 80 teria mais uma chance de brilhar.
Os búlgaros, sem uma renovação no plantel, caíram ainda na primeira fase. Os dinamarqueses, muito por conta da fragilidade de seu grupo, que tinha África do Sul e Arábia Saudita, além da futura campeã França, avançou em segundo. E os romenos, contando com a boa fase do jovem Ilie, mais uma vez surpreenderam e terminaram como líderes, deixando Inglaterra, Colômbia e Tunísia para trás. Mas seriam surpreendidos logo em seguida pela Croácia de Suker.
Sem Bulgária e Romênia na disputa, sobraria para a Dinamarca seguir em frente com o futebol clássico e seu meia genial. A goleada de 4x1 sobre a Nigéria colocou os dinamarqueses como um dos fortes candidatos ao título e à surpresa da Copa. Mas o sonho seria desfeito ao encontrar o Brasil pelo caminho. Em tarde inspirada de Rivaldo, que marcou duas vezes na vitória por 3x2, os brasileiros pararam o que havia restado da Dinamáquina campeã da Eurocopa de 92 e encerrou a carreira de Laudrup sem o tão sonhado título.
Por sorte do futebol, brilharia naquele mesmo ano de 98 um tal de Zinedine Zidane, que manteria viva a tradição de grandes meias clássicos e cerebrais comandando suas seleções.
Pelo menos por mais duas Copas...
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