terça-feira, 12 de agosto de 2014

A reunião


Houve uma reunião - não se sabe onde e nem quando - em que ficou definido que seria obrigação do Vasco subir com sofrimento.
O encontro ocorreu às escuras e sem a participação da torcida.
A ela, caberia apenas sofrer.
Ninguém nunca falou abertamente sobre o assunto e nem o porquê, mas todos sabiam quem seria assim.
Desde então, o time se esforça durante os 90 minutos em que está em campo para fazer valer o combinado no encontro.
Dizem também que foi estipulado o tempo limite de bom futebol: 15 minutos. No restante do cronômetro, cabe ao time de Adílson Batista dar emoção à peleja e arrancar cabelos de seus torcedores.
Talvez afim de um novo patrocinador no ramo de cosméticos, não sei. Pura especulação.
Certo mesmo apenas o empenho gritante em transformar vitórias tranquilas em triunfos suados. Segurança em insegurança. Paz em desespero.
Pelo visto, o combinado na reunião terá duração até a última rodada da Série B, mas poucos no clube parecem se importar. Afinal, foi tratado também que praticamente não perderíamos e que, apesar de toda a mediocridade, subiríamos ao fim da competição.
Martelo batido, não tem volta!
Vascaínos, não tem jeito, já foi decidido e sem a gente.
Subiremos, assim, na base do 1 a 0, 1 a 1, 2 a 1... Esperando sofrer aquele golzinho de empate aos 48 do segundo tempo e soltando um suspiro de alívio ao ouvir o apito final.
Foi o que tivemos pra hoje e é o que teremos até o fim.
Que sejam mais piedosos conosco na reunião do ano que vem...

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