O que vi no Maraca #1

Foram quatro anos longe do Maior do Mundo. Tempo suficiente para perceber o quanto ele faz falta.

Certo de que meu apoio, minha torcida e presença faria toda a diferença - sentimento comum de todo torcedor -, decidi ir. 

Quatro horas antes da bola rolar, com ingresso na mão e a boca seca, os bares do entorno serviram de aperitivo. Qualquer desavisado que passasse pelo local às 15:00h teria certeza que o jogo começaria às 17h tamanha era a multidão devidamente uniformizada pelas redondezas.
Antes mesmo de entrar no estádio, o novo Maraca já mostrava sua cara. Com um batalhão de funcionários no calçadão, ninguém pôde reclamar de falta de informação e de educação. Chegava a ser chato de tão prestativos que eram.

Ainda receoso se as melhorias eram tantas assim, como todos falaram, decidi entrar mais cedo para procurar o lugar ideal, aquele da sorte e que faria toda a diferença no feng shui do Maraca. Aquele meio metro quadrado que seria o meu território durante as horas seguintes, local a ser defendido por mim por meio de palmas, gritos e cantos.

Bastou passar pela roleta que as novidades continuaram. A cada 10 metros alguém para lhe orientar e ajudar. Tudo muito limpo e organizado. Para quem estava acostumado a ser arrastado pelos corredores numa massa única de torcedores que se movia em bloco, sem qualquer independência de locomoção, sob um piso escorregadio e sujo, andar tranquilo até as arquibancadas é quase que uma experiência "não-Maracanã". E era esse meu medo. Entrar no Maraca e não reconhecê-lo. Mas, apesar das mudanças, ele estava lá. Ainda é o meu velho parceiro Estádio Jornalista Mário Filho. Altamente revigorado e pronto para mais muitos anos de batalhas intensas.

Para quem conheceu o velho Maraca mas ainda não foi, um pequeno detalhe deve dar a dimensão das mudanças: o banheiro tem cheiro de bala Mentos. Não só antes do jogo, como no fim também. Precisa dizer mais alguma coisa?
VALE A PENA IR!