As linhas burras de São Januário

Que muita coisa tem que ser mudada no Vasco, é óbvio. Diretoria, comando técnico, elenco... Isso estamos cansados de saber, só ainda não conseguimos consertar. É muita gente apontando defeito, para poucos elaborando soluções.

O que vi sábado em São Januário, numa imaginei presenciar. E não falo apenas na linha burra de Adílson Batista e da goleada vexaminosa. Essa linha era velha conhecida e, se tudo correr bem, está com os dias contados. Assim como as derrotas vergonhosas.

Mas a linha que mais me chamou a atenção estava nas arquibancadas. Vascaínos separados de vascaínos por um cordão de isolamento da polícia como se não fossem torcedores do mesmo time. Como se o lado político que escolheram defender fosse maior e mais importante do que o clube que decidiram apoiar.


Racha político, racha no grupo e etc, acontecem. Mas racha de torcida do Vasco? Ninguém precisa concordar com o outro, mas transformar isso numa guerra? Política do clube é algo para ser discutido fora, nos bares, tomando uma gelada e tentando convencer o outro sobre o melhor caminho a ser tomado. Nunca tentando impôr.

Do portão de São Januário para dentro, em dia de jogo pelo menos, temos que nos unir. O interesse de todo vascaíno, neste e em qualquer momento, tem que ser o bem do time, do clube. O Vasco acima de tudo e de todos! Sem rótulos, sem essa de fulano apoia ciclano e vice-versa. Vascaíno na arquibancada apoia o Vasco. E só ele! Ponto.

É ora de estarmos do mesmo lado, não separados.

Fora dela, façam sua política. Em paz.