quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

O Massacre de Manchester


Eles chegaram com a tradicional elegância e a cordialidade inglesa. Eram temidos de onde vinham e impunham respeito. Mas não faziam ideia do que os esperavam.
Naquele dia 8 de janeiro de 2000, vestimos nossas melhores roupas, nos enchemos de orgulho e dignidade e fomos para a batalha. Paramentados com o mesmo uniforme, eramos milhares.
Nossa cavalaria estava preparada para enfrentar aqueles visitantes ‘indesejados’ e não tremeu. Para defender o território, usaram o que tinham de melhor. Armaram uma barreira quase intransponível e contaram com sua linha ofensiva para derrubar as bases inimigas.
Na primeira falha do flanco direito defensivo, onde o Sub-capitão Gary Neville marcava posição, o nosso ‘pequeno General’, Romário, recebeu  do ‘feroz Capitão’, Edmundo, e deu início ao massacre.
O abraço dos dois após o golpe inicial virou o símbolo daquela vitória.
Assutados pela competente e brava companhia do Vasco, três minutos depois, novamente Neville errou ao tentar proteger a retaguarda e novamente o Baixinho aproveitou o descuido: 2 a 0 e nem estávamos na metade da batalha.
O golpe de misericórdia viria antes do intervalo. Feridos e combalidos, os ingleses nada puderam fazer para impedir a genialidade de Edmundo.
De costas, o Animal derrubou o bloqueio, avançou e selou o atropelamento da cavalaria dos Templários Vascaínos sobre os ‘Garotos de Manchester’ com um golaço espetacular!
O Vasco sabia o que iria enfrentar. Pelo visto, o United não. E guerra avisada não mata soldado. Nós sabíamos.
No fim, perdemos a guerra, mas vencemos uma batalha importante, histórica, e que mostrou ao mundo, mais uma vez, a nossa grandeza!
Hoje não há um Diabo Vermelho sequer que não trema quando vê uma Cruz de Malta.

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